Empresas oferecem reajuste de 2,5% na data-base; cláusulas sociais estão mantidas. Proposta será avaliada até a semana que vem
Negociação entre representantes das empresas e dos trabalhadores: proposta será defendida em assembleias
São Paulo – Os trabalhadores no segmento farmacêutico no estado de São Paulo vão avaliar, até a semana que vem, proposta de reajuste salarial de 2,5%, com aumento real (acima da inflação) calculado em 0,71%, segundo dirigentes da categoria. Segundo reportagem da RBA, a proposta foi apresentada na terça-feira 3, durante reunião no sindicato de São Paulo entre representantes empresariais (Sindusfarma) e das Fetquim e Fequimfar, federações do setor químico ligadas à CUT e à Força Sindical, respectivamente, que fizeram a campanha de forma unitária. A data-base é 1º de abril, e a campanha envolve por volta de 57 mil empregados.
Segundo os sindicalistas, o índice é válido também para os pisos salariais e para o pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR). A cesta básica ou vale-alimentação passa a R$ 220 (empresas com até 100 empregados) e R$ 330 (acima de 100). Na campanha deste ano apenas as cláusulas econômicas estão em discussão – as cláusulas sociais foram renovadas por dois anos em 2017.
“Defenderemos a proposta. Parabéns à unidade no ramo químico”, afirmou o presidente da Fequimfar, Sérgio Luiz Leite, o Serginho. “Através da mobilização e da articulação com os sindicatos, estamos conseguindo manter a convenção coletiva”, acrescentou o coordenador político da Fetquim, Airton Cano, também destacando a ação conjunta entre as federações. “Mesmo assim, a patronal coloca na mesa que quer ‘adequar’ a reforma trabalhista à convenção.”
A Fetquim tem seis sindicatos filiados (São Paulo, ABC, Campinas/Osasco, Jundiaí, São José dos Campos e Vinhedo), com aproximadamente 40 mil trabalhadores na base. A Fequimfar reúne 33 sindicatos, com 17 mil.