Apesar de destravado o tema, representantes dos trabalhadores reforçam a necessidade da manutenção das mobilizações até que seja renovado o acordo
Os representantes dos empregados da Caixa Econômica Federal se reúnem com banco nesta semana para negociações para a renovação do acordo específico referente ao plano de saúde Saúde Caixa. A reunião está prevista para quinta-feira (9). As negociações foram destravadas na última quarta-feira (1º/11), em reunião ocorrida com o banco a pedido do Comando Nacional dos Bancários, após as mobilizações do dia de luta em defesa do plano, realizadas por todo o país em 30/10.
De acordo com o movimento sindical, o cenário aponta déficit de mais de R$ 1 bilhão, considerando os custos de 2023 e as projeções atuariais de custos para 2024. Os representantes dos empregados já enxergam a retomada das negociações como uma sinalização positiva com relação ao custeio para sanar o déficit de 2023, que caso não seja equalizado, resultará no pagamento de 4,5 parcelas extraordinárias no próximo ano.
O movimento sindical objetiva uma proposta melhor para o ano de 2024, que não onere os colegas a ponto de inviabilizar sua permanência no Saúde Caixa. A Caixa se comprometeu a trazer simulações na reunião do dia 9, para permitir a discussão de possíveis formatos de custeio.
Apesar dos avanços, a Comissão de alerta para que os empregados permaneçam atentos às negociações e se mantenham mobilizados para avançar na melhoria da qualidade do plano.
Avanços
A situação que estava sendo imposta pela Caixa para a renovação do Saúde Caixa era tida como muito preocupante pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE Caixa) e pelo Comando Nacional dos Bancários.
Para evitar a cobrança de parcelas extraordinárias em 2024 (referentes a 2023), a Caixa concordou em também usar recursos do fundo de contingência do plano de saúde. Também disse que pode absorver parte dos custos administrativos, ou seja as despesas de pessoal de 2023. A representação dos trabalhadores solicitou que além de 2023, sejam também consideradas as estas despesas dos anos de 2021 e 2022, que foram colocados no custeio indevidamente, já que, mesmo com a restrição estatutária do banco, imposta em 2017, não eram cobrados até 2020. A Caixa ficou de avaliar essa possibilidade.
Continuaremos a pressionar pela adoção de medidas justas e sustentáveis, que garantam a integridade e a qualidade do plano de saúde sem sobrecarregar nossos trabalhadores. Esta é uma questão não apenas de números, mas de respeito e comprometimento com o bem-estar de milhares de empregados que servem ao país todos os dias”, declara Tesifon Quevedo Neto, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS).
Reajustes
Mesmo com as alternativas que vem sendo discutidas na negociação deste ano, os trabalhadores avaliam que, para o ano que vem, os debates sobre a sustentabilidade do Saúde Caixa devem ser mantidos, com a defesa da manutenção dos mesmos princípios e características, além da melhoria da qualidade de atendimento e ampliação da rede credenciada.
Fonte: FEEB SP/MS