Consulta mostra que 98,31% dos trabalhadores são contrários ao processo de terceirização
Bancários do Santander participaram na última terça-feira (11), da Assembleia Nacional contra a terceirização do banco. A consulta teve como objetivo registrar a opinião do funcionário quando à aprovação ou reprovação dos processos de terceirização adotados pelo Santander.
Nos últimos dois anos, ao menos 9 mil trabalhadores deixaram de ser bancários dentro do Grupo Santander do Brasil.
“A pressão é tanta que inúmeros trabalhadores optam por deixar o cargo, outros, no entanto, adoecem ou se submetem às novas regras como a terceirização, que impõe inúmeras perdas de direitos”, diz Patrícia Bassanin, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) na COE Santander.
A votação que ocorreu em todo o país, registrou 98,31% de rejeição quanto ao processo de terceirização, que promove perda de direitos conquistados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O movimento sindical alerta trabalhadores quanto à manobra que o banco privado tem feito ao migrar o funcionário para empresas terceirizadas ligadas ao banco. Com isso, funcionários deixam automaticamente de ser bancários e perdem benefícios como jornada de seis horas, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), como definida na CCT, redução no auxílio-creche/babá e representação dos sindicatos dos bancários.
Organização
Durante as assembleias o bancário também foi questionado se preferem que sua representação sindical continue sendo por meio de sindicatos dos bancários: 97,58% reafirmaram que sim.
Protestos contra a terceirização também foram realizados em agências e unidades administrativas do Santander, na última sexta-feira (7).
Fonte: Federação dos Bancários SP/MS