UGT_23092021

9° Encontro Nacional de Mulheres destaca lutas e conquistas

Desafio das mulheres na atual conjuntura e importância da união para a superação da desigualdade de gênero estiveram em pauta

O 9° Encontro Nacional de Mulheres aconteceu na última semana (17/09) e contou com a participação de centenas de representantes do movimento sindical. A programação foi organizada pela CUT – Central Única dos Trabalhadores e ocorreu por meio da plataforma digital zoom e do canal do youtube.

O encontro, que abordou a luta das mulheres na sociedade, foi dividido em 3 painéis: “Democracia, direitos, resistência – Desafios das mulheres frente à conjuntura”; “As mulheres no mundo do trabalho e no espaço sindical – O que fazer? Como superar as desigualdades?”; e, “Violência e seus impactos para as mulheres – Experiências positivas”.

Entre as participantes que marcaram presença estão a Secretária Nacional de Mulheres Trabalhadoras – SNMT, Junéia Batista, a ex-Ministra Secretária Nacional das Mulheres Trabalhadoras – SPM, Eleonora Menicucci; a Coordenadora de Projetos da Fundação Friedrich Ebert – FES, Waldeli Melleiro; o Diretor de País do Solidarity Center no Brasil, Gonzalo Martinez de Vedia, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a Secretária Geral da CUT Brasil, Carmen Helena Foro.

Destaques
O Encontro homenageou a metalúrgica Luci Paulino, vítima da COVID-19. A homenageada foi a primeira mulher na diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e integrante da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

A desigualdade de renda entre mulheres e homens foi demonstrada durante a apresentação de uma pesquisa que retratou que a conjuntura afeta de modo diferenciado as mulheres, sobretudo as que ocupam uma posição de inserção no mercado de trabalho mais vulnerável, entre os destaques está a mulher negra, afetada ainda mais fortemente.

“Foram ressaltados os grandes desafios que estão postos às mulheres nessa conjuntura de redução de direitos do trabalhador, aumento das desigualdades sociais, exclusão social, aumento da população que vive abaixo da linha da pobreza, entre outros fatores”, explica Elisa Ferreira, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Painéis
Entre os painéis da programação foram ressaltados dados sobre a inserção desigual da mulher no mercado de trabalho, com a explanação de recortes sobre raça, faixa etária e aumento da carga de trabalho não remunerado durante a pandemia.

A participação política desigual das mulheres nos sindicatos e as dificuldades que enfrentam para ocuparem espaços de poder, tanto no sindicato como nas outras esferas políticas, também foram destacadas entre um painel e outro.

“Acredito que a programação conseguiu resgatar a luta dentro da Central Sindical para conquistarmos a paridade nas diretorias e como essa representação política é importante para que de fato as pautas feministas caminhem”, pontua Elisa.

A violência doméstica fechou a programação com uma retrospectiva histórica da marcha e discorreu sobre a importância deste movimento e da organização da próxima marcha em Brasília, em 2022.

A Secretária de Mulheres da Contraf, Elaine Cutis, apresentou o projeto Basta! Contra violência doméstica, que tem por objetivo capacitar federações e sindicatos a criar canais de atendimento às vítimas.

A Feeb SP/MS conta atualmente com duas regiões que já implantaram o canal, Campinas e Piracicaba.

“É importante nossa participação, pois além de fortalecer a luta das mulheres, nos direciona para os objetivos propostos e atuação diante da atual conjuntura política do país”, disse Elisa.

O encontro resultará na elaboração de um relatório com as propostas e resoluções construídas a partir das discussões. O material será encaminhado para CUT para pautar o Congresso Nacional que ocorrerá em breve, durante a 14° CONCUT.

Fonte: Federação dos Bancários SP/MS

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