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Caixa se compromete a contratar mais empregados

Banco também aceitou discutir o Programa de Gestão de Desempenho de PessoasEm reunião de negociações com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal, ocorrida nesta segunda-feira (25), o banco se comprometeu em dar continuidade das fases do processo de contratação, previsto em edital, dos candidatos já convocados e com exames médicos aptos.

Conforme relatado pela representação dos bancários, a Caixa tem reduzido drasticamente o número de trabalhadores no banco, enquanto isso, houve aumento no número de clientes e de contas. Como resultado, bancários destacaram a superlotação, a sobrecarga de trabalho e o  adoecimento, fatores que tem prejudicado tanto o trabalhador como o atendimento à população.

O banco possui mais de 142 milhões de clientes e 220 milhões de contas bancárias. Cada empregado é responsável pelo atendimento de, em média, 1.700 clientes.

Durante a negociação o movimento sindical demandou que mais contratações sejam efetuadas.

A Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) autorizou a Caixa a contratar mais empregados até completar um quadro de 87.544 trabalhadores. Segundo dados dos representantes da Caixa, atualmente o banco possui 86.907 empregados.

GDP

O banco demonstrou disponibilidade em debater sobre o Programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). De acordo com a representação dos bancários, a forma como se encontra pode ser utilizada como assédio, uma vez que a ferramenta é aplicada para medir o desempenho do trabalhador e não como gestão de pessoas. Trabalhadores defenderam a sua utilização como formas para desenvolver e ascender a carreira do profissional.

A Caixa aceitou discutir a GDP para que haja uma construção conjunta de uma ferramenta de avaliação do desempenho das empregadas e empregados.

Seleção interna

Outra demanda apresentada pela representação dos empregados foi com relação aos processos de seleção interna (PSI).

A Caixa informou que desde novembro de 2020 não existem mais travas que impedem a ascensão.

A representação dos trabalhadores também cobrou maior divulgação do fim das travas no PSI. A Caixa se comprometeu a melhorar a comunicação e encontrar formas para que não se impeça a ascensão profissional. Mas, com relação aos optantes pelo REG/Replan não saldado disse que estes estavam cientes da impossibilidade quando fizeram a opção.

Jornada

A representação dos empregados também apresentou a demanda de jornada de quatro dias semanais. Entre os argumentos utilizados estão estudos que mostram haver ganho de produtividade quando se há redução de jornada, além de ser uma tendência mundial. A representação citou um estudo realizado na Europa e enfatizou as mudanças tecnológicas como ganhos que precisam ser compartilhados também pelos trabalhadores.

Outros assuntos

A reunião também tratou sobre descomissionamento arbitrário, a incorporação de função gratificada e o fim da designação por minuto para as funções de caixa, tesoureiro e avaliador de penhor.

“Os empregados lutam para conquistar uma função gratificada, mas quando conseguem obtê-la se estabelece uma grave dependência, já que em alguns casos ela representa 60% ou mais da remuneração do trabalhador. Por esse motivo regular com clareza o acesso às funções é um dos pontos cruciais da mesa especifica com a Caixa”, Carlos Augusto (Pipoca), representante da Federação Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS).

Sobre a designação por minuto o banco concorda em debater e quer agendar uma reunião específica para tratar do assunto. Mas, com relação aos outros dois temas o banco se nega a retomar a incorporação das gratificações de função e disse que os descomissionamentos ocorrem quando há motivação, classificando-os como desligamentos motivados.

A representação dos trabalhadores também pediu o retorno das áreas de logística e gestão de pessoas nos estados/regiões.

Fonte: Federação dos Bancários SP/MS

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