O banco Itaú ficou de apresentar respostas na próxima reunião, marcada para 9 de junho
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú apresentou na última quinta-feira, 28, à direção do banco algumas denúncias de descumprimento do acordo feito durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Em reunião por videoconferência, representantes expuseram também dúvidas dos trabalhadores durante o período de isolamento social. Entre os questionamentos estão o banco de horas negativas, a reivindicação dos testes da Covid-19 para todos os funcionários, bem como a possibilidade de reembolso de testes particulares e a alteração na forma de pagamento do vale-transporte, uma vez que muitos trabalhadores tem utilizado condução própria. Também doi apresentada durante a reunião, a denuncia de que gestores tem dificultado a entrega de notebooks para os funcionários afastados, o que impossibilita o hoome office e os obriga a manter um banco de horas. O programa AGIR, ligado à remuneração variável dos funcionários do Itaú, durante a pandemia, também foi questionado pelo COE, assim como o Trilhas de Carreira, mecanismo de avaliação trimestral dos caixas do Itaú. Para ambos questionamentos o banco ficou de dar um retorno na próxima reunião.
O secretário geral da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Reginaldo Breda, representou o movimento e pontuou. “Tivemos algumas decisões importantes como a possibilidade de reembolso de vacinas contra a gripe influenza. Já com relação aos testes o banco também sinalizou que pagará os custos nos casos com diagnóstico e pedido médico. Os demais questionamentos serão levados para meda de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos”, destaca Breda.
Saúde
A forma de higienização das agências foi outro assunto da pauta. O COE alertou a falta de perícia por parte do INSS, razão pela qual o banco deve cumprir a cláusula 29 do Acordo Coletivo.
Depois de tomar multa por não deixar as pessoas entrar por não estarem com máscaras, o banco decidiu medir a temperatura corporal – ainda na organização das filas nas agências.
A COE Itaú denunciou que apesar de o processo legal para as pessoas que se sentem aptas é pedir ao médico relatório indicando sua volta ao trabalho com as restrições, há casos que o gestor solicita ao trabalhador que faça carta de próprio punho, o que é ilegal.
Outra denúncia é sobre os terceiros. Há casos de vigilantes das agências contaminadas, que o banco segue o protocolo, mas o profissional é transferido para outra agência. Sobre esse assunto o banco também ficou de verificar e dar retorno.
EPIS
Com relação ao uso dos equipamentos de proteção individual (EPIS), o Itaú garantiu que todos os locais têm recebido o material. O banco se comprometeu a investigar situações contrárias e a não utilização por parte dos funcionários.
A próxima reunião ficou agendada para o próximo dia 9 de junho. Além dos retornos aos questionamentos, entrarão na pauta assuntos como PCR, bolsas de estudos e renovação do acordo coletivo.
Fonte: Feeb SP/MS.