IgualdadedeGenero_15032022

Federação dos Bancários realiza 1º Encontro pela Igualdade de Gênero

Encontro foi organizado em homenagem ao Dia das Mulheres celebrado no dia 8

A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul realizou hoje (15) o 1º  Encontro pela Igualdade de Gênero. O evento ocorreu pela plataforma zoom e contou com ampla participação de dirigentes homens e mulheres das bases sindicais filiadas à Feeb SP/MS.

A especialista em direitos das mulheres Phamela Godoy, coordenadora do projeto “Basta! Não irão nos calar!”, foi convidada para falar sobre o tema.

Violência em números 

Dentre os números e informações apresentadas durante a palestra estão questões ligadas à violência de gênero. A programação destacou o panorama histórico da desigualdade de gênero e dados sobre as conquistas do espaço da mulher na sociedade, entre elas, permissão para cursar o ensino superior, em 1879, permissão para votar, em 1932, regulamentação do voto feminino, em 1934, liberação para o ingresso no mercado de trabalho (sem a necessidade da autorização do marido), datado de 1962, entre outras.

No panorama violência, os números mostraram o Brasil em 5º lugar no ranking global de assassinatos de mulheres no contexto doméstico e familiar. De acordo com o anuário da segurança pública de 2015, uma mulher é estuprada a cada onze minutos e dez estupros coletivos são notificados todos os dias no país, de acordo com o Ministério de Saúde 2016. A palestra mostrou ainda, de acordo com o Atlas da Violência de 2019, entre os anos de 2007 e 2017, que houve um aumento de 29,9% em homicídios de mulheres negras e 4,5% de mulheres não negras. Entre 2012 e 2017 o aumento foi de 28,7% de mulheres mortas por arma de fogo, de acordo com o Data Senado de junho de 2019. Além dos números, foram destacados os efeitos da pandemia dentro do contexto violência doméstica, assim como, orientações para erradicar o problema, legislações, canais de atendimento, entre outros.

Representantes no Encontro

Para a Feeb SP/MS o objetivo do evento foi promover e fortalecer a luta para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

De acordo com o presidente David Zaia, este é um assunto cada vez mais importante e presente. “Para pensarmos em uma sociedade mais justa temos que enfrentar todas as formas de discriminação e de desigualdade. Comemorar o mês das mulheres fazendo este debate é muito positivo. Nas mesas de negociação dos bancário com a Fenaban já tem sido uma realidade, mas é importante que essa pauta esteja cada vez mais em evidência”, destacou Zaia.

Para a especialista Phamela, a luta para combater a violência doméstica e a desigualdade é diária, assim como a responsabilidade que é de toda a sociedade. “Existem dois fatores principais que potencializam o problema, um é a falta de políticas públicas para combater a violência doméstica e para facilitar o acesso das mulheres à justiça, talvez isso melhore a partir de 2023 com a eleição de um novo Governo; o outro é a falta de comprometimento social com o tema. Combater a violência contra as mulheres não é algo privado e sim uma responsabilidade de toda a sociedade”, diz.

Cenário

De acordo com o movimento sindical, apenas 0,3% das mulheres bancárias ocupam altos cargos de direção, em relação aos homens, e somente 1% das trabalhadoras ocupam cargos de direção.

Outro dado que merece atenção é o rendimento médio mensal das mulheres negras, que é de 73.3%, em relação ao dos homens brancos.

Quando se trata de violência, registros do 2º Censo da Diversidade, ainda apontam casos de bancárias que convivem com o problema, seja dentro ou fora do ambiente bancário, assim como a desigualdade.

Fonte: Federação dos Bancários SP/MS

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