Em 1934 um grupo de abnegados bancários fundaram a Associação de Bancários de Marília. Naquela época, o primeiro passo para a criação de um Sindicato era constituir uma Associação para depois transformá-la em Sindicato. Finalmente em 07 de agosto de 1943 foi fundado oficialmente o Sindicato dos Bancários de Marília.
Ressaltamos que o Sindicato dos Bancários de Marília e Região foi o 3.º Sindicato criado no Estado de São Paulo, pois naquele período só existiam o Sindicato dos Bancários de São Paulo e o Sindicato dos Bancários de Santos. Em 30 de janeiro de 1947, nas dependências do Sindicato foi realizada a assembléia de fundação do Clube dos Bancários de Marília, sem vínculo com o Sindicato.
O Sindicato dos Bancários de Marília e Região é um dos fundadores da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (19/10/1956).
A história do Sindicato foi truncada em 1964, em virtude do golpe militar, que forçou o presidente da época, o companheiro Alair Boarin (Banco do Brasil) a renunciar ao cargo. Assumiu por alguns dias o companheiro Wilkins Capeline (Banco do Brasil), que se apresentou junto a Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos.
Em seguida o Sindicato foi invadido e lacrado pelos agentes do DOPS, que fizeram uma devassa na documentação do Sindicato, “apagando” a história do mesmo desde a sua fundação até aquele momento. Começou ai a fase negra do Sindicato, sendo nomeado um interventor, para dizer que o Sindicato “existia”.
Em 1969, 8 (oito) bancários do Banco do Brasil, reabriram o Sindicato, apesar das fortes restrições e perseguições daquele momento, tentando sindicalizar os bancários de bancos públicos, pois os bancários de bancos privados eram demitidos sumariamente caso sindicalizassem.
Nesse clima, elegeram o funcionário do Banco do Brasil, o companheiro Newton Payot Sabaraense, que permaneceu no Sindicato até 1971, quando foi promovido e transferido para Brasília. Assumiu o Cargo de Presidente do Sindicato o companheiro Walter Antônio Righetti, que era funcionário do Banco Comercial do Estado de São Paulo (cujo banco foi comprado pelo Itaú), sendo o 1.º Presidente de banco privado, após a revolução de 1964.
Na sua gestão foi adquirida a séde da Rua São Luiz n.º 1571, pois o Sindicato até então ocupava uma sala de favor no Edifício São Pedro também conhecido como Edifício dos Bancários na Rua 9 de julho 1.607, pois só residiam bancários que adquiriram os apartamentos através de financiamento. Nesse Edifício foi instalado também o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Bancários (IAPB).
Com a aposentadoria do companheiro Righetti, em 1978, assumiu o companheiro Manoel Dias Lopes (Banco Mercantil de São Paulo), que permaneceu até 1983. Em seu mandato foi adquirido o prédio anexo ao da Rua São Luiz n.º 1581, instalando o novo consultório odontológico e a instalação da sub-séde Ourinhos.
Em 1984 assumiu o companheiro Pedro Magalhães (BANESPA), que construiu o salão de festas da Rua Taquaritinga n.º 91, instalou a sub sede de Garça e implantou um sistema de visita aos locais de trabalho com reuniões periódicas, falando principalmente da importância da sindicalização da categoria, conseguindo desta maneira o maior índice de sindicalização do país ou seja 98,20%. Ainda no seu mandato foi realizada em 10 e 11 de setembro de 1985, em pleno regime militar a maior greve dos bancários, que quebrou a intransigência dos banqueiros, pois esses não acreditavam na mobilização e união dos bancários e o resultado dessa luta foi a conquista do maior reajuste salarial dos últimos tempos.
Em 1987 assumiu o companheiro Wanderley Martins Mendes (BANESPA), o Wando, que demoliu o antigo prédio e construiu a nova séde do Sindicato na Rua São Luiz n.º 1571, e no seu mandato foi realizada até então a mais extensa greve dos bancários, quando os bancos não funcionaram por 15 dias, em 1987. O Companheiro Wando foi reeleito para os mandatos 1988/1990 e 1991/1993.
Com a alteração do Estatuto em 1983 o mandato da Diretoria passou a ser de 4 anos à partir de 1994