O Comitê em Defesa da Democracia de Marília, formado por centrais sindicais, sindicatos e entidades representativas realizam hoje (04) e amanhã (05), manifestações contra as reformas da Previdência e Trabalhista, que serão votadas no Congresso. Hoje na avenida Sampaio Vidal, ao final do desfile de aniversário de Marília, haverá panfletagem para informar a população sobre as leis e as consequências da reforma
Amanhã (5) a partir das 8h acontece nova manifestação no cruzamento das ruas Nove de Julho e Tancredo Neves.O grupo vai distribuir folhetos informativos à população e depois sai em passeata pelas principais ruas do centro e se concentra na praça Saturnino de Brito, em frente a Prefeitura.
O objetivo é convocar a população para se manifestar contrariamente a proposta de reforma que deve modificar as regras para aposentadoria de milhares de trabalhadores. Foram impressos 60 mil folhetos e instalados outdoors em pontos estratégicos da cidade para divulgar a manifestação. Um carro de som também tem percorrido a cidade nos últimos dias para convidar a população a participar.
O protesto é organizado pela CUT e Força Sindical, e conta com participação dos principais sindicatos de trabalhadores de Marília (Metalúrgicos, Professores, Químicos, Gráficos, Servidores, Comércio, Bancários, Motoristas, Vigilantes).
Para o presidente do Stiam (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação) Wilson Vidoto Manzon, a reforma da Previdência da forma como está sendo proposta pelo Governo, vai prejudicar fortemente a população que contribui, que é do setor privado. Ele defende uma reforma que seja aplicada de modo justo e de forma igualitária para todos. “Sou a favor de uma mudança de modo justo, que seja a mesma para todos. Da forma como estão querendo não vai ter expectativa de aposentar, você vai trabalhar e não vai conseguir se aposentar”, disse Vidoto.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Marília, Irton Siqueira Torres, disse que as ações dos sindicatos devem ser principalmente de esclarecer o trabalhador, os aposentados e também a juventude, das dificuldades de aposentadoria, caso as reformas passem no Congresso.
O Sindicato dos Bancários também apoia a manifestação. “Esperamos que a reforma não passe mas temos que nos manifestar contra. O Governo tira dinheiro da seguridade social e quer cobrar do trabalhador. As maiores empresas do Brasil devem 468 bilhões para Previdência e o Governo não cobra e diz que a Previdência é deficitária”, disse Geofredo Borges da Rocha, presidente do Sindicato dos Bancários de Marília e região. Amanhã também estão programadas manifestações de trabalhadores em cidades da região.